segunda-feira, 30 de maio de 2011

Usina nuclear explode no Japão após tsunami causado por terremoto

O sal corrosivo da água do mar pode ser mais um problemas na usina nuclear de Fukushima, danificada há duas semanas pelo grande terremoto, seguido de um tsunami no Japão.
A violência das águas destruiu as unidades de controle que tinham o objetivo de manter a refrigeração da água que flui através dos reatores em caso de emergência, obrigando os operadores da usina a utilizar água do mar para resfriar seus reatores e tanques de armazenamento de combustível.
Agora, os especialistas estão preocupados quanto aos possíveis efeitos prejudiciais do depósitos de sal em reatores e sistemas de refrigeração. A água do mar ferve por conta do intenso calor do combustível, mas as partículas salinas permaneces no local.
Aproximadamente 26 toneladas de sal já podem ter sido acumuladas na unidade 1 do reator, enquanto acredita-se que as unidades maiores 2 e 3 contenham o dobro dessa quantidade.
Lahey conta que um grupo internacional de especialistas nucleares foi criado  para solucionar o problema. A idéia é tentar inundar com água fresca, o mais rápido possível, os compartimentos em que o sal está armazenado na tentativa de mandar os depósitos volta para o mar.
A preocupação, de acordo com Lahey, é que o sal forme camadas de revestimento sobre as locais que armazenam o combustível, fazendo com que eles se aqueçam ainda mais rápido, o que anula o objetivo primordial de resfriamento através da água.
Andrew Sherry, do Centro Nuclear do Instituto Dalton, da Universidade de Manchester, Inglaterra, alerta para dois outros problemas que podem surgir.
Um deles é a possibilidade dos depósitos de sal entupirem tubos, bombas e válvulas do sistemas de refrigeração, impedindo-os de funcionar corretamente quando a usina voltar a funcionar.
“Os resíduos vão restringir o fluxo, não há dúvida sobre isso”, garante Sherry. “Se isso leva a problemas graves nas bombas ou nas válvulas de abertura, eu não sei”.
A segunda é que o cloreto de sódio presente no sal pode estar criando buracos na camada externa de revestimento de óxido de zircônio dos locais de armazenamento de combustível. Essa corrosão poderia chegar até o combustível radioativo, formando buracos e rachaduras que permitiriam a liberação de elementos radioativos, o que agravaria a situação de intoxicação radioativa no ambiente.
Nos últimos dias, os níveis de ambos os isótopos têm aumentado no solo, na água do mar, em alimentos e na água potável na região.
Os níveis de substâncias radioativas no leite e nos vegetais produzidos perto da usina nuclear também têm aumentado a ponto de os residentes da província de Fukushima serem advertidos para não comer espinafre nem outros vegetais de folhas verdes.
Se o sal está contribuindo para os problemas ou não, Sherry diz que seria útil livrar-se dele de qualquer maneira. “Em última análise, pretendemos expulsar a água do mar completamente e restabelecer as condições normais de funcionamento químico do sistema de reator”, afirma.
Há sinais encorajadores de que esse processo pode prestes a acontecer. Até o dia 24, a energia tinha sido restabelecida em todos os seis reatores de Fukushima, assim como as luzes voltaram a funcionar na sala de controle das unidades 1 e 3. Antes disso, trabalhadores eram obrigados a passar a jornada na escuridão completa.
Mais importante, os trabalhadores também estão perto de testar uma bomba de refrigeração que, pela primeira vez, é capaz de injetar água fresca ao invés de água do mar no reator da unidade 3.
Apesar da boa notícia, uma nota triste. Dois trabalhadores tiveram de ser hospitalizados após caminhar na água contaminada radioativamente durante a instalação dos equipamentos necessários.

Se este estudo não fosse feito nós teríamos um problema mais grave ainda, se água estives muito contaminada não prejudicaria só o Japão, mas sim todo o planeta. Com uma doença muito grave que são:
Radioactividade
Efeitos no organismo Humano
Até 250 msv
Lesões cutâneas de recuperação total possível
250 a 1000 msv
“Doença da radiação”: anemia por lesões da medula óssea;
Alterações nos glóbulos brancos, aumentando o risco de infecções;
Hemorragias por perda da capacidade de coagulação
lesões na mucosa do estômago e dos intestinos, com vómitos, diarreia, debilidade e úlceras;
1 a 4 sv
Dose semi-letal: doença grave por radiação, mortal em 50 % dos casos, por destruição da medula, lesões encefálicas e cardiovasculares, e hemorragias internas espontâneas.
5 a 30 sv
Dose letal: danos graves no sistema nervoso, morte certa no prazo de 3 dias.

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